sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Comentários Yvana Mazzini

 
Destinatário: Ao gestor

Vacina contra vírus HPV custa mais R$ 1 mil no Brasil
da Folha Online (03/02/2007 - 21h38 )

Vacinar uma pessoa contra o papilomavírus humano (HPV) custa atualmente mais de R$ 1.000. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estipulou em R$ 364 o preço máximo da vacina e é necessário tomar três doses (total de R$ 1.092) para ter garantia de estar livre do vírus, principal causador do câncer de colo de útero.
A distribuição gratuita na rede pública de saúde ainda deve ser avaliada por um grupo de trabalho antes de se tornar realidade. De acordo com o médico infectologista Marcelo Joaquim Barbosa, do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, o custa da dose é um dos assuntos a serem discutidos. "Hoje ainda está inviável [distribuir a vacina] por causa do valor. Nos EUA, a vacina custa US$ 120 (cerca de R$ 255) a dose".
O governo também precisa definir quem deve receber a vacina, caso seja mesmo adotada no SUS (Sistema Único de Saúde). E para isso precisa de informações, opina o médico. "Por exemplo, qual a estimativa de meninas que têm HPV no Brasil? Nós temos a estimativa de pessoas sexualmente ativas, dos 15 até os 49 anos, mas isso entre homens e mulheres. Para a introdução da vacina, acho que o primeiro grupo a ser contemplado com essas vacinas seriam as meninas."
A pesquisadora e principal autora da vacina no Brasil, Luísa Lina Villa, espera que em pouco tempo o remédio possa atingir todas as faixas etárias. Em relação ao custo, afirma que os governos poderão negociá-lo com as companhias farmacêuticas e a própria OMS (Organização Mundial da Saúde).
A Anvisa já autorizou a comercialização da vacina Gardasil para os quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18) ao valor máximo de R$ 364,16 a dose. Mas o laboratório Merck Sharp & Dohme, criador da vacina, recorreu do valor e espera a tramitação do processo.


Comentário: A matéria trata de custos da vacina para a população em geral, deixando claro seu alto valor, impossibilitando seu acesso a todos. Ela também cobra do SUS alguns dados para que a implantação de um sistema de vacinação possa ser estudado pelo governo, a fim de prevenir a disseminação da doença na população.
Tendo em vista a necessidade da ajuda do sistema publico de saúde para a execução de uma possível distribuição gratuita nas redes públicas de saúde, pode-se identificar a matéria como voltada aos gestores.


Destinatário: À academia


Organização Mundial de Saúde qualifica vacina quadrivalente contra HPV
06/07/2009 12h35

A vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano, fabricada pela Merck Sharp & Dohme, acaba de receber a pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que, a partir de agora, o produto poderá ser comprado por agências da Organização das Nações Unidas (ONU), como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), para uso em programas nacionais de imunização. A vacina quadrivalente é a primeira contra câncer de colo do útero a receber o certificado da OMS.
"A pré-qualificação da OMS representa um passo importante para possibilitar que um número maior de mulheres de vários países do mundo se beneficie desse avanço significativo para a saúde feminina", afirmou Margaret G. McGlynn, presidente da Divisão de Vacinas e Doenças Infecciosas da Merck.
O objetivo da pré-qualificação da OMS é garantir que as vacinas atendam aos padrões de qualidade, segurança e eficácia que, em conjunto com outros critérios, são utilizados pela ONU e outros órgãos para definir as compras. "O câncer de colo do útero representa um ônus significativo para os países em desenvolvimento. A pré-qualificação pela OMS de uma vacina contra HPV significa um avanço para ajudar a proteger mulheres jovens e melhorar o acesso à saúde, principalmente nos países mais pobres", comenta Graça Machel, fundadora e presidente da Foundation for Community Development (Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade) em Moçambique e ardorosa defensora da saúde feminina. A vacina quadrivalente contra HPV é a única que protege contra quatro sorotipos do papilomavírus humano (6, 11, 16 e 18).
Atualmente, é indicada para meninas e mulheres de 9 a 26 anos para a prevenção de cânceres de colo do útero, da vulva e da vagina causados pelo HPV 16 e 18, das verrugas genitais provocadas pelo HPV 6 e 11 e das lesões pré-cancerosas ou displásicas causadas pelo HPV tipos 6, 11, 16 e 18. Os HPV 16 e 18 são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de câncer do colo do útero, sendo que os tipos de HPV 6 e 11 causam aproximadamente 90% das verrugas genitais e cerca de 10% das lesões displásicas de baixo grau do colo do útero.
Segundo os estudos clínicos, a vacina quadrivalente contra o HPV demonstrou 100% de eficácia na prevenção de cânceres cervicais, vulvares e vaginais relacionados ao HPV 16 e 18 em mulheres que não haviam sido expostas a esses tipos de HPV e 99% de eficácia nos casos verrugas genitais causadas por HPV tipos 6 ou 11.

Comentário: A matéria é voltada à Academia, pois trata da importância da vacinação para a prevenção da aquisição do HPV, alem de fornecer dados e estatísticas relevantes e informações de cunho científico, que podem servir para fomentar outros estudos sobre este virus, sobre a vacina e sobre suas consequencias para a população.


Destinatário: À comunidade

Tudo o que você precisa saber sobre HPV
Publicado em 07/02/2009 por Alane Virgínia
Uma em cada cinco mulheres é portadora do HPV no mundo. O Papilomavirus Humano é uma doença sexualmente transmissível, responsável por cerca de 90% dos casos de câncer no colo do útero, segundo os dados do Ministério da Saúde. Só no Brasil, mais de 130 mil novos casos são registrados a cada ano. No entanto, muitas mulheres ainda desconhecem a doença, que pode ser diagnosticada por um simples exame rotineiro com o ginecologista. Então, meninas, aproveitem para conhecer melhor o vírus, formas de contágio, tratamento…
O Conversa de Menina aproveita para alertá-las da importância das visitas regulares ao ginecologista. É a única possibilidade de se detectar certas doenças, você terá a segurança de estar com a saúde íntima em dia e a garantia de ser diagnosticada com antecedência, no caso de aparecer alguma irregularidade nos órgãos sexuais. E não é só isso, é também importante alertar os parceiros para fazer consultas também frequentes com o urologista. É uma maneira de manter uma vida sexual não apenas ativa, mas também saudável.
Voltando ao HPV, reunimos algumas informações para esclarecer as dúvidas mais comuns. Os dados abaixo foram retirados de sites da Secretaria de Saúde, Ministério de Saúde, além de sites de ginecologistas, ONGs e portais de saúde. Não esqueça que sua ginecologista é a pessoa mais indicada para lhe dar explicações mais precisas sobre a doença e clarear as dúvidas mais pontuais.
HPV – É um vírus que provoca alterações na região infectada, causando pequenas lesões decorrentes do crescimento anormal das células. Estas lesões têm formato de pequenas verrugas, que são popularmente conhecidas como “crista de galo”. O vírus afeta as regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc.), anal, genital e da uretra, tanto em mulheres quanto em homens. Já foram descobertos mais de cem tipos diferentes do vírus, dos quais cerca de 35 infectam a mucosa anogenital. Quinze tipos são oncogênicos, ou seja, podem causar câncer.
Transmissão – A forma mais comum de transmissão é por meio das relações sexuais (inclusive por meio do sexo oral ou anal). O vírus também pode ser transmitido da mãe para o feto ou através de objetos contaminados pelo HPV (como roupas íntimas, toalhas etc)
Diagnóstico – O exame preventino, chamado Papanicolau, pode identificar a presença das verrugas ou de áreas irregulares no colo do útero e levar ao diagnóstico do HPV. A colposcopia, exame feito nos órgãos sexuais com o auxílio de um aparelho, permitindo visualização de lesões mínimas, também é utilizada para o diagóstico. Além destes, outros exames mais sofisticados são capazes de detectar o HPV, como a hibridização in situ, PCR (reação da cadeia de polimerase) e captura híbrida. E se você se descobrir portadora do vírus, avise imediatamente ao seu parceiro, para que ele possa fazer o exame.
Sintomas – Nem todas as pessoas infectadas apresentam sintomas visíveis. Normalmente, aparecem pequenas verrugas na pele e na mucosa.
Tratamento – O tratamento pode ser feito com o uso de medicamentos ou por outros métodos como cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser… Vai depender de cada caso, do grau da infecção, dos tipos das lesões. No caso de câncer instalado, a opção é pela cirurgia convencional.
Formas de prevenção – O uso da camisinha é fundamental para evitar o contágio sexual não apenas do HPV, mas de todas as outras doenças sexualmente transmissíveis. E, claro, pessoas que mantêm uma vida sexual mais aberta, com parceiros variados e sem cuidado estão sempre mais propensas ao contágio de DSTs. Mas lembre-se que há outras formas de contágio também.
Vacina - Já está disponível no mercado vacinas para prevenir a contaminação pelo HPV. Elas são compostas por partículas semelhantes ao vírus, mas não são infecciosas. A vacina não exclui a necessidade dos exames preventivos e tampouco vai curar as mulheres já infectadas, embora possa evitar a infecção por um tipo diferente do vírus. Mas o uso das vacinas só deve ocorrer por indicação médica.

Comentário: A matéria postada em um blog, contem informações de facil compreensão sobre o HPV e relevantes para ajudar às mulheres a entender mais sobre este virus e tambem sobre a vacina. As informações são fornecidas de maneira clara e de facil compreensão, alem de estar em uma rede informal, que pode ser facilmente acessada por toda a população. Sendo assim, pode-se caracterizar a matéria como sendo voltada à comunidade.

Um comentário:

  1. Achei muito relevante abordar este assunto que traz tantas dúvidas a todos. Para nós mulheres, em geral, que sofremos mais frequentemente dos sintomas do vírus HPV, quando em contato com este, é muito importante abrirmos sempre os olhos. E a luta continua para que a vacina seja disponibilizada na rede pública de saúde, pois com este preço ninguém consegue se prevenir. Vamos torcer.
    Obrigada!

    Camila L. Pimentel

    ResponderExcluir