sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Comentários - Anna Luísa T. Milanez

  • À Academia:

Conhecimento e opinião de estudantes de medicina sobre doação e transplante de órgãos
A intenção de ser doador post mortem foi de 89% e intervivo de 90%, contudo, apenas 62% sabiam dos riscos da doação intervivo. Entre os 347 estudantes, 70% admitiram conhecimento regular, ruim ou péssimo do assunto, 90,2% consideraram importante o tema transplante para a graduação médica, 76,9% consideraram o consentimento informado/expresso como o melhor critério de doação e 64,3% optaram pela gravidade da doença do paciente como melhor forma de alocação. O entendimento sobre transplante aumentou conforme o avanço no curso de graduação. Estudantes do quarto, quinto e sexto ano adotaram atitude negativa, em comparação aos dos anos iniciais, quanto à doação de órgãos para pacientes alcoólatras, não doadores, usuários de drogas ilícitas, estrangeiros e criminosos. Este trabalho demonstrou grande interesse e atitude positiva dos estudantes de medicina sobre doação e transplante de órgãos, embora a maioria tenha declarado conhecimento deficiente sobre o tema.”
Concluímos que os estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo reconhecem a importância do tema transplantes na prática profissional, a despeito das deficiências de aprendizado deste assunto durante o curso de graduação. Houve grande interesse e atitude positiva dos estudantes de medicina sobre doação e transplante de órgãos, embora a maioria tenha declarado conhecimento deficiente sobre o tema. Observamos também atitude negativa dos estudantes do quarto, quinto e sexto ano médico, em relação à doação para alcoólatras, não doadores, usuários de drogas ilícitas, estrangeiros e criminosos. Faz-se necessário programas mais eficazes na área de transplante para os estudantes de medicina, visando melhorar o seu conhecimento sobre o assunto e favorecer o aprimoramento das discussões éticas deste procedimento.



De acordo com o fragmento do artigo acima, é possível dizer que ele é direcionada para a sociedade acadêmica, tanto para os alunos, quanto para os professores, já que relata as dificuldades e o interesse por parte dos alunos em relação ao tema, doação de órgãos, cada vez mais necessário em nossa sociedade. A maioria dos alunos relatou uma deficiência em relação ao tema, o que se faz mais necessário ainda uma abordagem maior acerca da possibilidade de doação, dos critérios que são adotados, dos potenciais doadores de órgãos e dos riscos a que os doadores e os receptores estão expostos.



  • Ao Gestor de Saúde

Doação de órgãos em SP cai em cerca de 5% em relação a 2010


O estado de São Paulo registrou uma pequena queda na quantidade de órgãos doados em 2011, em comparação a 2010. Foram 603 doações entre o início do ano e 15 de setembro, contra 635 do mesmo período no ano passado. A queda que representa cerca de 5% é vista com naturalidade pelo coordenador da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado. “A variação de 5% ou 6% é muito pequena para afirmar que há alguma tendência”, disse Luiz Augusto Pereira. “Não é um número que assuste, não há nenhum alarme quanto a isso”, avaliou.”
A idade média dos doadores em 2011 é de 41,8 anos.
Cada estado possui uma central própria de transplantes. Pela regra nacional, os órgãos são prioritariamente distribuídos dentro do próprio estado. Porém, há casos em que não há ninguém na fila compatível com o doador, e há também estados em que falta estrutura para que o transplante seja feito. Quando isso acontece, entra em ação a central nacional, que organiza as doações de um estado para o outro.




Quando alguma informação é direcionada ao gestor de saúde, é preciso que as estas venham acompanhadas de números, como a notícia acima, para que o gestor possa identificar as necessidades da população e investir mais, ou não, naquele serviço.



  • À Sociedade

TRANSPLANTES


Para ser um doador, não é necessário fazer nenhum documento por escrito. Basta que a sua família esteja ciente da sua vontade. Assim, quando for constatada a morte encefálica do paciente, uma ou mais partes do corpo que estiverem em condições de serem aproveitadas poderão ajudar a salvar as vidas de outras pessoas. Lembre-se que alguns órgãos podem ser doados em vida. São eles: parte do fígado, um dos rins e parte da medula óssea.”
O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo de ser doador. Não é necessário deixar nada por escrito. A doação de órgãos pode ocorrer a partir do momento da constatação da morte encefálica. Em alguns casos, a doação em vida também pode ser realizada, em caso de parentesco até 4ºgrau ou com autorização judicial (não parentes).”




A notícia acima descrita é direcionada à população, de uma forma em geral, pois trás informações, de uma forma clara, simples e direta que são necessárias a qualquer pessoa, sobre a doação de órgãos, o que fazer para se tornar um doador, em quais condições um órgão pode ser doado ou transplantado, enfim, informações simples, mas de grande utilidade em um momento de sofrimento.        

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