sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Comentários Marina Moraes

À SOCIEDADE

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/09/es-registra-mais-de-49-mil-casos-de-dengue-em-2011.html 


ES registra mais de 49 mil casos de dengue em 2011 Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou 49.227 notificações de dengue no Espírito Santo, sendo 3.259 suspeitas da forma grave da doença, no período entre 2 de janeiro e 24 de setembro deste ano. Nesse período, 25 pessoas morreram. Seis óbitos estão sendo investigados. Os municípios com maior incidência da doença em setembro são: Viana, Nova Venécia, Apiacá, Alfredo Chaves e Ponto Belo.
Para prevenir a transmissão da dengue é necessário limpar o quintal, tirar água acumulada em vasos de plantas, colocar de cabeça para baixo garrafas vazias que estejam no quintal, tampar tonéis, depósitos de água, caixas de água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água, além de também manter limpos os recipientes.

Comentário: A notícia é breve, porém traz o dados referentes a incidência de dengue e o número de mortes causadas pela doença no Brasil no período de janeiro a setembro. A linguagem é acessível a população das mais distintas classes sociais, e ainda traz consigo formas de prevenir a doença pra informar a sociedade e colaborar na sua prevenção.

À ACADEMIA

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=71684&bd=2&pg=1&lg=


Bactérias contra a dengue

Uma equipe internacional de pesquisadores parece ter encontrado uma via de combate à dengue que pode ser combinada às atuais formas de controle da doença, como o uso de inseticidas e campanhas de prevenção. O grupo descobriu que uma nova cepa da bactéri Wolbachia, uma vez inserida em mosquitos Aedes aegypti, impede que eles transmitam a doença para as pessoas, sem prejudicar os próprios insetos. O estudo, publicado na Nature no dia 24 de agosto, contou com a participação do engenheiro agrônomo Luciano Andrade Moreira, do Centro de Pesquisas René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz, em Minas Gerais. Ele tenta agora obter apoio do Ministério da Saúde para realizar estudos com variedades do vírus da dengue comuns no Brasil e mais adiante verificar o que ocorreria se os insetos inoculados com as bactérias fossem soltos no ambiente. Os pesquisadores já sabiam que a mesma bactéria, em geral encontrada nas pequenas moscas-das-frutasDrosophila, evitava infecções por vírus nesses insetos. A partir dessa observação decidiram inserir a bactéria nos mosquitos que transmitem o vírus da dengue para ver o que acontecia. Os testes mostraram que o Aedes aegypti com a bactéria se contaminava com o vírus, mas não o passava para as pessoas. Segundo Moreira, ainda não se sabe por que aWolbachia bloqueia a capacidade de os mosquitos transmitirem o vírus da dengue. “Pode ser que haja uma competição em nível celular entre o vírus e a bactéria, presente desde o intestino até as glândulas salivares doAedes aegypti”, afirma. “Além disso, o inseto com a bactéria tem a imunidade melhorada”, completa.
O estudo também mostrou que a bactéria é transmitida de geração em geração dos Aedes e que os mosquitos comWolbachia têm vantagem reprodutiva sobre os demais. Isso porque a fêmea com a bactéria é capaz de produzir ovos depois de cruzar com machos infectados ou não pela Wolbachia. Já as fêmeas sem bactéria só conseguem se reproduzir quando cruzam com machos também não infectados. A tendência esperada pelos pesquisadores é que com o tempo a população de mosquitos com bactéria se torne predominante, reduzindo o risco de transmissão de dengue (...).
Comentário: A notícia transcrita acima relata a descoberta da bactéria Wolbachia como um mecanismo para o controle da dengue. Essa bactéria, após inoculada no agente transmissor da doença, faz com que o mesmo se torne incapaz de passar a dengue ao seres humanos. Ainda não se sabe ao certo o porque dessa alteração na atividade de transmissão, porém, pesquisadores buscam ampliação dos testes e apoio do Governo Federal para maior comprovação desse estudo.  Em contraste com a notícia do portal de notícias da Globo, o informe sobre a descoberta da bactéria é relatado de maneira mais elaborada, com o uso de termos científicos e consequentemente se restringe a parte da população com maior nível de escolaridade.

• AO GESTOR DO SUS

http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=920


Programa Nacional De Controle da Dengue
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue.
A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.
O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.
Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e conseqüências como a morte.
TRANSMISSÃO
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. Seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti que, após um período de 10 a 14 dias, contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias.
(...)
Sintomas
Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia. O tempo médio do ciclo é de 5 a 6 dias.O intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É depois desse período que os sintomas aparecem:
Dengue Clássica
Febre alta com início súbito· Forte dor de cabeça· Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos· Perda do paladar e apetite· Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores· Náuseas e vômitos· Tonturas· Extremo cansaço· Moleza e dor no corpo · Muitas dores nos ossos e articulações.
Dengue Hemorrágica
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:· Dores abdominais fortes e contínuas. Vômitos persistentes · Pele pálida, fria e úmida· Sangramento pelo nariz, boca e gengivas· Manchas vermelhas na pele· Sonolência, agitação e confusão mental· Sede excessiva e boca seca· Pulso rápido e fraco· Dificuldade respiratória· Perda de consciência. (...)
TRATAMENTO
O Aedes Aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas.
A reidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada durante todo o período de duração da doença e, principalmente, da febre. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da atividade sangüínea. A pessoa deve manter-se em repouso, beber muito líquido (inclusive soro caseiro) e só usar medicamentos prescritos pelo médico, para aliviar as dores e a febre.
Ao ser observado o primeiro sintoma, deve-se buscar orientação médica no posto de saúde mais próximo. As pessoas que já contraíram a forma clássica da doença devem procurar, imediatamente, atendimento médico em caso de reaparecimento dos sintomas agravados com os sinais de alerta, pois correm o risco de estar com dengue hemorrágica, que é o tipo mais grave. Todo tratamento só deve ser feito sob orientação médica.

Comentário: A reportagem anterior abrange a dengue em seus mais diversos aspectos, traz números respectivos a doença, informa sobre seus sintomas, meios de transmissão e tratamento. Embora não escrita de maneira essencialmente formal, pode ser direcionada ao Gestor do SUS por conter grande quantidade de informações e indicações, como forma de deixá-lo ciente sobre a doença e agir na busca de possíveis soluções como meio de contribuir para a conscientização da população, redução nos números de incidência, até mesmo óbitos. E ainda alcançar modificações necessárias no sistema saúde no que possa envolver a dengue e o atendimento a população.

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