sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Comentário: Grasiela de Sousa

Por que informar?

O comentário procura analisar três matérias publicadas em diferentes sites com o objetivo de questionar sobre suas abordagens. 




 A matéria publicada no dia 28/09/2011 mostra uma pesquisa feita pelo DataFolha que informa sobre o conhecimento da população brasileira sobre a hepatite. A pesquisa mostra que metade da população não sabe definir precisamente o que é a doença apesar de ter algum conhecimento sobre o tema. A publicação é dirigida para leitores do portal, a sociedade em geral, que busca entender de forma rápida e linguagem acessível os temas ali apresentados. Mas, o que essa informação contribui para a vida das pessoas? O que um leitor habitual pode reter quando se depara com uma matéria sobre saúde de tamanha importância? Será que as informações dadas são necessárias para despertar o interesse e a prática da mudança?  


http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102-311X1999000200001&script=sci_arttext


 O site traz uma matéria do Caderno de Saúde Pública, volume 15, publicada no Rio de Janeiro em 1999 e enfatiza a importância das políticas públicas na erradicação e controle de doenças como no caso, a hepatite C. A matéria chama atenção para a incidência da hepatite definindo-a como uma doença emergente e reflete sobre a necessidade de políticas públicas para o reduzir o desconhecimento sobre o tema. O Caderno de Saúde Pública é direcionada também aos gestores de saúde. Por que é importante para um gestor a leitura de matérias esclarecedoras como esta?
 É necessário um conhecimento e estudo detalhado dos gestores sobre vários temas para que eles possam fazer uma análise da problemática e buscar formular políticas de prevenção e promoção da saúde da população brasileira. Sem envolvimento e dedicação é impossível melhorar as redes de atenção e é para isso que matérias como esta nascem. Para propor mudanças.


http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4501&bd=1&pg=1&lg=


 A revista FAPESP traz na edição nº 187, de setembro 2011 a reportagem de capa que faz um levantamento sobre quantos e onde estão os portadores de diferentes formas da hepatite no país. Com uma abordagem científica, a pesquisa é norteadora tanto para os acadêmicos e cientistas, quanto para a população em geral que tem acesso às informações citadas. O Brasil começa a conhecer, por fim, as dimensões de um grave problema de saúde que os especialistas vêm chamando de doença silenciosa: as hepatites virais, enfermidades que apresentam os mesmos sinais clínicos, embora sejam causadas por tipos distintos de vírus que se alojam no fígado e disparam uma inflamação que o agride. Por que pesquisas como esta são tão importantes? E por que acadêmicos, cientistas, professores universitários e a população em geral precisa saber sobre o tema com essa abordagem? Quando uma pesquisa é feita, será que seus pesquisadores estão preocupados com a importância, relevância e prática para aqueles que a recebem e a compartilham?
 Um texto direcionado à academia não pode apenas informar, ele precisa incitar a pergunta: e agora, o que faremos com esses dados?






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